Variantes do Covid-19: o que você precisa saber?

Variantes do Covid-19: o que você precisa saber?

Os sintomas do Covid-19 foram mudando à medida que novas variantes do vírus SARS-CoV-2 surgiram desde o início da pandemia, em março de 2020. Atualmente, circulam pelo mundo pelo menos cinco variantes de preocupação (VOCs, da sigla em inglês variants of concern), consideradas mais transmissíveis e com maior risco de levar a casos de gravidade: alfa, beta, gama, delta e ômicron.

Os nomes do alfabeto grego foram dados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no intuito de facilitar a comunicação, a notificação de casos e reduzir preconceitos.

Vírus original

Desde o surgimento da versão original do vírus, a cepa de Wuhan, os sintomas do Covid-19 considerados mais comuns são febre, tosse seca, cansaço e perda do paladar ou do olfato. Os menos comuns, mas também relatados, são dor de cabeça, garganta inflamada, olhos vermelhos ou irritados, diarreia, erupção na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Já os sintomas mais graves envolvem dificuldade de respirar ou falta de ar, perda de fala ou mobilidade, confusão mental e dor no peito, de acordo com a OMS. 

Ômicron

A variante designada ômicron pela OMS foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021, a partir de amostras retiradas de um laboratório cerca de dez dias antes. 

Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta. A primeira morte ligada à nova variante foi registrada no último dia 13 de dezembro de 2021, no Reino Unido.

A ômicron é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína "spike" (a "chave" que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra o Covid-19).

O que se sabe até o momento:

- Evidências sugerem que a ômicron pode facilitar a reinfecção;

- Todos os continentes registraram casos da variante;

- Medidas não farmacológicas (máscara, distanciamento, ambientes ventilados) funcionam contra variantes;

- Variante apresenta um "grande número de mutações", algumas, preocupantes;

- Farmacêuticas estão trabalhando em vacinas contra o Covid-19;

- Ômicron é muito transmissível;

- Primeira morte ligada à variante foi registrada no Reino Unido.

O que ainda não se sabe:

- Se a ômicron é mais transmissível que a delta;

- Se a ômicron causa sintomas mais graves e mortes;

- Se a nova variante apresenta resistência à vacinação.

A vacinação continua sendo indicada como a melhor medida de saúde pública contra O Covid-19. Também se espera que as atuais vacinas reduzam casos graves da doença, hospitalizações e mortes relacionadas à infecção pela variante ômicron, de forma similar ao ocorrido com outras variantes do SARS-CoV-2 identificadas até o momento.

É importante que a população mantenha as medidas de proteção individual, complete o esquema vacinal contra a infecção por Covid-19 (incluindo a dose de reforço) e esteja atenta às orientações do Ministério da Saúde (MS).

Fonte: butantan.gov.br / g1.globo.com

Crédito da imagem: iStock.com/nopparit