Setembro Amarelo: falar sobre suicídio é preciso!

Setembro Amarelo: falar sobre suicídio é preciso!
Setembro é o mês da prevenção do suicídio, organizado pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e endossado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento representa um compromisso global para chamar atenção ao assunto.

O tema para 2022 é “Criando esperança através da ação”, que reflete a necessidade de uma ação coletiva para lidar com essa questão urgente de saúde pública. Todos nós – familiares, amigos, colegas de trabalho, membros da comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde, autoridades políticas e governos – podemos tomar medidas para prevenir o suicídio.

O objetivo é aumentar a conscientização sobre a prevenção do suicídio em todo o mundo. Os objetivos incluem promover a colaboração entre partes interessadas e a autocapacitarão para lidar com a automutilação e o suicídio por meio de ações preventivas. Isso pode ser alcançado por meio da capacitação de profissionais de saúde e outros atores relevantes, mensagens positivas e informativas voltadas para a população em geral e grupos de risco, como jovens, facilitando a discussão aberta sobre saúde mental em casa, na escola, no local de trabalho etc. Aqueles que pensam ou são afetados pelo suicídio também são incentivados a compartilhar suas histórias e procurar ajuda profissional.

Em 2019, 97.339 pessoas morreram por suicídio na Região das Américas e estima-se que as tentativas de suicídio foram 20 vezes maior que esse número.

Esperança com ação

Suicídios e tentativas de suicídio têm um efeito dominó que afeta não apenas os indivíduos, mas também as famílias, comunidades e sociedades. Fatores de risco associados ao suicídio, como perda de emprego ou financeira, trauma ou abuso, transtornos mentais e de uso de substâncias e barreiras ao acesso a cuidados de saúde, aumentaram ainda mais depois da pandemia do Covid-19. Um ano após o início da pandemia, mais da metade das pessoas pesquisadas no Chile, Brasil, Peru e Canadá relataram que sua saúde mental havia piorado.

No entanto, o suicídio pode ser evitado. As principais medidas de prevenção ao suicídio baseadas em evidências incluem a restrição do acesso a meios para o suicídio (por exemplo, armas de fogo, pesticidas etc.), políticas de saúde mental e redução do álcool e a cobertura responsável da mídia sobre o suicídio. O estigma social e a falta de consciência continuam a ser as principais barreiras para a procura de ajuda, destacando a necessidade de formação em saúde mental e campanhas anti-estigma.

Mais informações: 
https://www.iasp.info/
https://www.who.int/pt
 
Fonte: paho.org
Crédito da imagem: iStock.com/Panuwat Dangsungnoen