Ômega-3 como alternativa no tratamento de TDAH

Ômega-3 como alternativa no tratamento de TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta pessoas de todas as faixas etárias, sendo também uma condição diagnosticada em cerca de 7,2% das crianças em idade escolar. Com sintomas que podem incluir problemas de atenção e impulsividade que causam dificuldades nas relações acadêmicas, profissionais e pessoais, seu tratamento consiste na utilização de medicamentos estimulantes do neurotransmissor serotonina, sendo o metilfenidato, o principal escolhido pelos clínicos em todo o mundo. Entretanto, ele pode produzir efeitos colaterais graves e intolerância, não sendo uma alternativa viável para todas as pessoas. 

Por este motivo, a procura por um tratamento alternativo aumentou nos últimos anos. Os ácidos graxos, mais conhecidos como ômega-3, são nutrientes essenciais e necessários para uma função cerebral adequada e para o desenvolvimento neurológico, quando classificamos o ômega-3 como alimento essencial dizemos que ele não pode ser produzido pelo corpo, devendo ser obtido por meio das refeições ou suplementação. Se por um lado o TDAH é multifatorial e depende da bagagem genética, por outro, os fatores ambientais como a dieta, por exemplo, não podem ser desprezados, inclusive, esta pode exercer importante relevância no cotidiano da pessoa com TDAH. 

Vários estudos científicos têm mostrado que, ao se comparar os níveis sanguíneos de ômega-3 de pessoas diagnosticadas com TDAH com os daquelas que não possuem a doença, na mesma faixa etária, observa-se níveis mais baixos de ômega-3 no sangue dos pacientes com TDAH, sugerindo então que o sistema nervoso dessas pessoas também possui menos ômega-3 disponível para o bom funcionamento e manutenção das estruturas cerebrais. 

“Com o tratamento correto, pode-se observar uma melhora nos sintomas da doença, mas antes de tudo é importante ressaltar que os pais não devem dar aos filhos suplementos sem antes consultar um médico”, diz a farmacêutica da Equaliv, Anna Carolina Régoli. 

O ômega-3 é uma alternativa segura, sem contraindicação direta e muito bem aceito pelos pacientes, independentemente da idade. Existem sim evidências científicas de que um tratamento com suplementação alimentar com ômega-3 pode produzir efeito positivo no tratamento do TDAH, sem registros de prejuízo, contraindicação direta ou efeitos colaterais, ao contrário do que pode ocorrer com o tratamento convencional com medicamentos. 

Crédito da imagem: iStock.com/fcafotodigital