Novembro Azul: mês de combate e prevenção ao câncer de próstata

Novembro Azul: mês de combate e prevenção ao câncer de próstata
Você já ouviu falar na campanha “Novembro Azul”? Trata-se de um movimento internacional, comemorado inicialmente na Austrália, desde 2003, voltado para a conscientização do público masculino a respeito do câncer de próstata, uma importante causa de morte entre os homens.

Essa campanha visa também quebrar tabus, uma vez que o câncer de próstata é sempre tratado com muito preconceito, principalmente pela realização do exame clínico (toque retal). Por isso, muitos preferem não procurar o urologista, fazendo com que o diagnóstico seja realizado tardiamente.

O câncer de próstata é o tipo de câncer que ocorre em homens. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que, todos os anos, há cerca de 70 mil novos casos da doença no Brasil. De acordo com o Instituto Oncoguia, um a cada 36 homens morrerão em decorrência de câncer de próstata.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino. Ela apresenta o tamanho de uma castanha, está localizada logo abaixo da bexiga e circunda a primeira porção da uretra. Essa glândula exerce um importante papel na reprodução, uma vez que libera uma secreção que será eliminada no momento da ejaculação e garante a viabilidade dos espermatozoides. Essa secreção possui enzimas anticoagulantes e também nutrientes para os gametas masculinos.

A próstata pode sofrer um aumento benigno à medida que o homem envelhece. Esse aumento é observado em quase todos os homens com mais de 70 anos de idade e pode causar uma obstrução na uretra, impedindo a passagem adequada de urina. Além disso, a próstata é também um local em que frequentemente observa-se o desenvolvimento de câncer, sendo essa doença comum em homens com mais de 65 anos.

Fatores de risco para o câncer de próstata

O câncer de próstata está intimamente relacionado com a idade do paciente. Mais de 70% dos doentes foram diagnosticados aos seus 65 anos ou mais. Com esses dados, é possível perceber que o aumento da expectativa de vida em todo o mundo está bastante relacionado com os números de ocorrência da doença. Além disso, a evolução dos métodos de diagnóstico também pode explicar esse número.

Além da idade, outros fatores parecem ter relação com o surgimento do câncer de próstata. Primeiramente devemos destacar que pacientes que possuem parentes que tiveram a doença têm risco aumentado de desenvolvê-la. Além disso, homens negros possuem mais chances de desenvolver a doença que homens brancos, assim como obesos apresentam maior risco.

Aliados a esses fatores, não se pode deixar de mencionar os hábitos alimentares pouco saudáveis, um tema ainda controverso, mas que merece atenção. Uma alimentação rica em gordura, carnes e embutidos pode causar sérios problemas de saúde, inclusive o desenvolvimento de câncer de próstata. Sendo assim, controlar a alimentação, preocupando-se sempre em inserir vegetais na dieta, pode ajudar na proteção contra esse câncer e em outras doenças.

O diagnóstico da doença é feito pela análise dos resultados dos exames clínicos (toque retal) e do exame de sangue denominado Antígeno Prostático Específico (PSA). O toque retal é feito porque a glândula está localizada em frente ao reto e, no exame, o médico consegue perceber a textura dela e avaliar se há presença de caroços. Esse exame é rápido e pouco incômodo.

O PSA, por sua vez, é um exame de sangue que avalia a quantidade de antígeno prostático específico (enzima produzida pelo tecido prostático), que tende a aumentar em casos de câncer de próstata. Na maioria dos homens, o nível de PSA é inferior a 4 ng/mL. Caso seja observada alguma alteração nesses exames, uma biópsia deve ser realizada.

A recomendação de realização dos exames para diagnóstico desse tipo de câncer depende da avaliação do médico. Normalmente é recomendado que eles sejam feitos a partir dos 50 anos de idade. Em pacientes que apresentam histórico familiar dessa doença, a recomendação é que os exames sejam feitos a partir dos 45 anos de idade.

Vale salientar que as maiores chances de cura estão diretamente relacionadas com diagnóstico precoce. 

Fonte: brasilescola.uol.com.br
Crédito da imagem: iStock.com/Panuwat Dangsungnoen