Mamografia: o exame aumenta as chances de cura do câncer de mama

Mamografia: o exame aumenta as chances de cura do câncer de mama

A mamografia é o exame preventivo do câncer de mama, que é o tumor mais comum entre as mulheres do mundo e do Brasil. Antes dos 35 anos de idade é raro de desenvolver, mas após essa idade há um crescimento progressivo, e depois dos 50 anos as chances de um câncer aparecer aumentam.

A doença também afeta homens, mas as ocorrências são muito raras, representando apenas 1%. Nas mulheres, além das complicações na saúde surge também o abalo emocional devido a percepção da sexualidade e a imagem pessoal.

Em 2021, foram estimados 66.280 casos novos no Brasil, e 18.295 números de mortes, sendo 18.068 mulheres e 227 homens segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM (2019).

A patologia pode ser classificada em dois tipos, o carcinoma in situ: câncer de mama em fase inicial, sem capacidade de desenvolver metástases (quando o câncer se espalha pelo corpo), e o carcinoma invasor: mais frequente e com capacidade de desenvolver metástases.

Causas e fatores de risco do câncer de mama

Ter casos de câncer de mama na família é um fator de risco, mas outras condições também podem influenciar, como o tabagismo, uso de hormônios por tempo prolongado como TRH – terapia de reposição hormonal, ou até mesmo anticoncepcionais orais (há uma forte incidência, mas não há dados conclusivos), obesidade, fumo e alcoolismo. Ele também é mais frequente quando o início da menstruação é em idade muito jovem, ou a menopausa é tardia. 

Mamografia como prevenção

O exame de imagem, não dura mais que 20 minutos, e é feito a partir de um mamógrafo, um aparelho formado por duas placas que pressionam as mamas horizontal e verticalmente durante alguns segundos. Ele aplica pequenas porções de raios-X para gerar radiografias, sendo capaz de identificar microcalcificações (cristais de cálcio), assimetrias, nódulos ou lesões que não seriam possíveis de identificar com a palpação.

O procedimento pode causar um certo incômodo, pois as mamas são prensadas, mas esse desconforto se torna insignificante diante da vantagem de se prevenir de um câncer. A sensibilidade pode variar conforme cada mulher, por isso, é aconselhado não fazer o exame tão próximo do período menstrual.

Estudos indicam que a mortalidade entre as mulheres foi reduzida em 20%, e isso se deve ao exame preventivo, além disso, 85% das mulheres com câncer de mama não apresentam histórico familiar.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), seguindo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a idade recomendada para fazer a mamografia é de 50 a 69 anos, a cada dois anos, mas pacientes que tiverem familiares próximos com histórico de câncer de mama ou ovário, devem conversar com um profissional e realizar o exame anualmente, a partir dos 35 ou 40 anos.

Sobre o autoexame

A indicação é que mulheres acima de 20 anos façam o autoexame, que pode ser realizado em frente ao espelho, observando as mamas com os braços em diferentes posições (abaixados, mãos na cintura e levantados), além de fazer movimentos horizontais com a pontas dos dedos, afim de achar nódulos, inchaços ou secreção no mamilo.

O autoexame é importante para identificar nódulos palpáveis, mas não substitui a mamografia, que é primordial, pois permite a identificação das microcalcificações, pequenos depósitos de cálcio como uma fina areia que ficam no interior da mama e podem representar o início da proliferação celular do câncer.

Conheça os sintomas

Procure a ajuda de um médico caso perceba os sinais de alerta:

- Mamilo invertido;

- Inchaço da mama;

- Pele com aspecto enrugado;

- Irritação na pele;

- Dor na mama ou mamilo;

- Secreção no mamilo;

- Caroço na axila.

O câncer de mama tem tratamento

O tratamento depende da fase em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, há mais chances de cura. Caso o câncer já tenha se espalhado (metástase), os métodos usados são para prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

Em geral, existe o tratamento local, que inclui a cirurgia e radioterapia, e o sistêmico, com quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 

Fontes: centrodeoncologia.org.br | inca.gov.br | hermespardini.com.br

Crédito imagem: iStock.com/pixelfit