Genérico X referência: existem diferenças entre medicamentos?

  Genérico X referência: existem diferenças entre medicamentos?
Até 1999, eram comercializados no Brasil apenas medicamentos inovadores e similares, ou seja, desenvolvidos de forma pioneira por uma empresa, registrados nos órgãos competentes por um fabricante e com direitos exclusivos de comercialização. Porém, tudo mudou após a aprovação da Lei 9.787, que aprovou a venda de medicamentos genéricos e é considerada um marco para a saúde pública brasileira. No entanto, algumas pessoas ainda questionam se há diferença nos produtos utilizados na fabricação desses dois tipos de medicamentos, especialmente sobre Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs).
 
A doutora em química e pesquisadora da Nortec Química, Joseane Mendes, explica que o medicamento genérico contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose, forma farmacêutica, posologia e indicação terapêutica do medicamento referência.
 
A especialista elenca ainda que os IFAs utilizados nos dois são idênticos, por isso, não existe diferença quanto à performance do genérico comparado com o de referência. “As diferenças entre eles estão na embalagem, já que o genérico deve ter a letra G em maiúsculo sinalizada em tarja amarela e, também, o preço, e deve ser, no mínimo, 35% mais barato que o medicamento referência”, pontua.
 
Políticas sociais para promoção de medicamentos genéricos
 
Apesar da disponibilidade de medicamentos similares e inovadores nas farmácias e/ou drogarias, observou-se por meio da política de medicamentos genéricos um grande crescimento da indústria farmacêutica no Brasil, resultando em um aumento de registros de medicamentos genéricos, com diversas formas farmacêuticas. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), esse tipo de medicamento já proporcionou, desde sua aprovação, uma economia de mais de R$ 208 bilhões para o consumidor final.
 
Além disso, devido às políticas sociais de distribuição de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que abrange hospitais, clínicas da família, unidades de pronto atendimento (UPA), postos de saúde e policlínicas. A médica lembra que o governo brasileiro é um grande demandante de medicamentos genéricos.
 
“Por fim, desde a implementação da política dos medicamentos genéricos, observou-se um crescimento no tocante ao acesso a tratamento medicamentoso, contribuindo para uma melhora na expectativa de vida da população brasileira”, finaliza Joseane.
 
Fonte: CDI – Conteúdo Digital Influência (assessoria de imprensa da Nortec Química)
 Crédito da imagem: iStock.com/sprng23