Farmacêutico: fundamental à saúde pública

Farmacêutico: fundamental à saúde pública

Transmitir informações confiáveis e alertar as pessoas sobre os cuidados preventivos contra a covid-19 é dever de todos os cidadãos. Entre os profissionais da área da saúde, o farmacêutico tem sido parte importante na luta contra o novo coronavírus, principalmente em ações educativas para a população.

“No varejo, nas farmácias públicas, o farmacêutico reforça as principais medidas preventivas contra essa grave doença, o uso correto e permanente de máscaras e a manutenção do distanciamento social. As dúvidas dos clientes também são muitas e o farmacêutico está ali sempre presente para, com paciência, esclarecê-las”, destaca Rodolpho Telarolli Junior, professor adjunto de Saúde Pública da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP (campus de Araraquara). “A adequação do espaço físico das farmácias, mesmo sendo uma ação definida a partir dos protocolos oficiais e desenhada pelas instâncias superiores das redes de estabelecimentos, tem a sua execução e obediência em cada local fiscalizada e garantida pelo farmacêutico”, afirma.

Para o professor, o farmacêutico pode fazer a diferença no dia a dia das pessoas, principalmente em tempos de pandemia, já que costuma ser o primeiro contato de um doente com o sistema de saúde. 

“Ao menos nas regiões urbanas e nas grandes cidades, não há dificuldades para o acesso a serviços de urgência e emergência, quando esses se fazem necessários. Entretanto, realizado esse primeiro atendimento de alguém com suspeita de covid-19 e que não foi internado, existem vários sinais e sintomas que sugerem o agravamento da doença, que poderá vir a evoluir mal e que podem passar despercebidos pelo doente. É aí que o farmacêutico, altamente acessível, com sua linguagem fácil e com um relacionamento de confiança já estabelecido com o cliente, tem um papel fundamental, orientando o indivíduo a tomar as medidas de repouso necessário, a utilizar de maneira correta os medicamentos prescritos, a não se automedicar com produtos fitoterápicos ou alopáticos não prescritos e a respeitar as medidas de quarentena orientadas pela vigilância sanitária”, salienta.

Além do atendimento nos estabelecimentos comerciais, muitos farmacêuticos também estão integrados às equipes de vigilância epidemiológica e sanitária das prefeituras, participando de ações de rotina voltadas ao controle da disseminação do vírus.

Atuação abrangente e necessária
Com formação ampla e vasto campo de atuação, o farmacêutico - que celebra a sua profissão em 20 de janeiro, aqui no Brasil - pode atuar em diferentes frentes, desde a farmácia pública, até em setores de marketing e publicidade. 

Rodolpho conta que, em indústrias, muitos farmacêuticos têm participado de estudos clínicos realizados no Brasil e no mundo para testes de terapias experimentais para a covid-19 ou para diferentes vacinas. Já nos hospitais e serviços de urgência e emergência, os profissionais fazem parte da chamada “linha de frente”, realizando atendimento direto de pacientes suspeitos ou portadores do coronavírus. 

“Não podemos esquecer das indústrias de medicamentos e de alimentos, em que o profissional realiza o controle de qualidade da matéria-prima recebida, passando pelos processos de produção industrial, a prevenção de doenças ocupacionais e acidentes do trabalho, e a participação na elaboração de bulas e documentação para registro de produtos junto aos órgãos públicos fiscalizadores”, acrescenta. “Temos também a área de análises clínicas, em que o farmacêutico atua no desenho dos processos envolvendo o fluxo dos materiais coletados no laboratório, na coleta propriamente dita, na calibragem e execução dos processos analíticos, no controle de qualidade, na prevenção de doenças ocupacionais e doenças do trabalho, e na redação, divulgação e entrega dos resultados aos pacientes”, conclui.

Crédito da imagem: zinkevych - Freepik.