Dia Mundial do Câncer (04/02) - Priorize sua saúde

Priorize a sua saúde

Esse ano, o Dia Mundial do Câncer, instituído em 04 de fevereiro, completa duas décadas de existência e torna-se cada vez mais imprescindível para chamar a atenção da população sobre a doença que tende a crescer nos próximos anos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), se não forem tomadas providências urgentes para ampliar a conscientização do problema e desenvolvidas estratégias práticas para lidar com a patologia, a previsão para 2025 é de 6 milhões de mortes prematuras por ano.

Atualmente, 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência do câncer a cada ano, sendo que, dessas, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos. Mas, de acordo com informações do Instituto, estima-se que 1,5 milhão de mortes anuais por câncer poderiam ser evitadas com medidas adequadas.

Incidência do câncer no Brasil

A publicação Estimativa 2020: Incidência de Câncer no Brasil do INCA mostra que os tipos da doença mais incidentes no país no triênio 2020-2022 serão:

• Pele não melanoma
• Mama
• Próstata
• Cólon e reto
• Pulmão
• Estômago

Dr. Auro Del Giglio, oncologista do HCor, explica que as detecções cada vez mais precoces e o envelhecimento da população aumentam consideravelmente os valores de incidência nas estatísticas. “Porém, de acordo com recentes levantamentos americanos, houve uma queda geral na mortalidade por câncer, justamente por conta desses diagnósticos que possibilitam tratamentos cada vez mais eficazes e em tempo hábil", salienta.

Tratamento multidisciplinar

O oncologista do HCor afirma que o tratamento da doença hoje é multidisciplinar, envolvendo várias áreas como hematologia, radioterapia, patologistas, especialistas em fertilidade e aconselhamento genético, psicólogas, nutricionistas e fisioterapeutas.

Segundo Dr. Auro, a quimioterapia tradicional aliou-se à terapia alvo-molecular. Mais eficiente, tem efeito apenas sobre as células tumorais, causando menos efeitos colaterais. Já os novos aparelhos de radioterapia permitem direcionar o feixe radioativo apenas aos tumores, muitas vezes menores que 1cm, desenhando o campo tumoral a ser irradiado. Assim, as células dos tecidos normais vizinhos ao tumor são poupadas dos efeitos da radiação.

"Hoje pensamos na reintegração social do paciente pelo resto de sua vida, pois a maior parte ficará curado. Nesse contexto que surgiram as equipes multidisciplinares, que podem oferecer o tratamento do câncer, além de se preocuparem com a reabilitação, reintegração e futuro das pessoas", acrescenta.

Escolha a sua saúde

Você sabia que até 10% dos cânceres estão relacionados a mutações genéticas, enquanto 27% das mortes pela enfermidade são causadas por uso de tabaco e álcool¹?

Cuide da sua saúde. O oncologista do HCor informa que parar de fumar, deixar o sedentarismo de lado e modificar os hábitos alimentares podem reduzir em um terço as mortes por câncer. Outra orientação fundamental é evitar a exposição direta da pele ao sol, utilizando sempre protetor solar.

Dr. Auro também recomenda realizar periodicamente os exames que podem detectar a presença de qualquer alteração nos órgãos de maior incidência. Em indivíduos com forte história familiar e risco aumentado, exames genéticos, hoje existentes, são capazes de identificar alterações e ajudar no planejamento terapêutico precoce.

"Para a mulher é essencial fazer mamografia uma vez por ano, a partir dos 40 anos de idade. Somente essa medida reduz a mortalidade por câncer de mama em 30%. Outros exames como papanicolau e colonoscopia são importantes para evitar casos de câncer de colo de útero e cólon, respectivamente. No homem é indicada a colonoscopia, além do toque da próstata e o exame de PSA, a partir dos 50 anos, para prevenção de câncer de cólon e próstata", conclui Dr. Auro.

Fontes:

¹NIH – National Cancer Institute – The Genetics of Cancer - https://www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/genetics

Ficha de informações sobre o câncer da OMS - http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/en/

Relatório do status global da OMS sobre álcool e saúde 2014 - http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112736/1/9789240692763_eng.pdf