Dezembro Laranja: tudo que você precisa saber sobre o câncer de pele!

Dezembro Laranja: tudo que você precisa saber sobre o câncer de pele!

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou em 2014 a campanha Dezembro Laranja  para conscientizar a população sobre a importância de proteger-se contra os raios solares e prevenir o câncer de pele. Em 2020 esse movimento faz seis anos e ainda é muito necessário. 

Segundo informações levantadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de casos da doença no Brasil ainda são fontes de preocupação, já que correspondem a 27% dos tumores malignos no país. Os casos de melanomas e carcinomas basocelular e espinocelular são maiores do que as disfunções na próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

Levando tudo isso em conta, vamos falar tudo que você precisa saber sobre esse problema. Confira!

O que é câncer de pele?
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado das células que invadem tecidos e órgãos. Isso pode ocorrer em qualquer área do corpo e, no caso do câncer de pele, é provocado especificamente pela multiplicação anormal e descontrolada dos micro-organismos que compõem o maior órgão do organismo. Existem diferentes tipos dessa patologia, de acordo com as áreas e maneiras na qual se manifestam. 

Quais são os tipos?
Carcinoma basocelular: o mais comum de todos, surge na camada superior da epiderme. Esse tipo de problema tem uma taxa de mortalidade baixa e surgem nas áreas que ficam mais expostas ao sol, por exemplo, rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. 

Geralmente, se manifesta como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central que sangra facilmente. Alguns tipos do CBC são parecidas com lesões, como eczema ou psoríase. Por isso, somente um médico consegue diagnosticar a enfermidade. 

Carcinoma espinocelular: aparece nas células epiteliais escamosas que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Surge em várias partes do corpo e é três vezes mais frequente em homens do que em mulheres. 

A causa mais comum do CEC é a exposição ao sol, porém alguns casos estão associados a feridas crônicas e cicatrizes, uso de drogas, antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Normalmente, aparecem com uma coloração avermelhada, que não cicatriza e sangra ocasionalmente, além de serem parecidas com as verrugas.

Melanoma: menos frequente, porém o pior prognóstico e com o mais alto índice de mortalidade. Porém, quando detectado precocemente, as chances de cura são de mais de 90%. Em geral, o melanoma tem a aparência de pintas ou sinais, com tons castanhos ou pretos, que mudam de forma e tamanho e chegam até a causam sangramento. Pessoas com pele clara e que se queimam facilmente têm mais chance de desenvolver a doença. O melanoma se inicia nos melanócitos, micro-organismos que produzem a melanina. 

Quais são os fatores de risco?
As pessoas que correm mais risco são aquelas que fazem parte do grupo com fototipo I e II, que possuem pele clara, com sardas, cabelos claros (loiros, ruivos) e olhos claros. Além disso, também há fatores como antecedentes familiares com histórico de câncer, queimaduras solares, incapacidade de se bronzear e muitas pintas. 

Como se proteger?
A melhor forma de proteger-se contra a condição é evitar exposição excessiva aos raios solares e, no caso de se expor, bloquear os efeitos da radiação UV com fotoprotetor. Confira abaixo, algumas medidas que devem ser aplicadas:

1 - Usar chapéus, camisetas e óculos escuros;
2 - Cobrir áreas expostas com roupas apropriadas, por exemplo camisa de manga comprida e calças largas;
3 - Permanecer na sombra entre as horas de 10h e 16h, quando o sol está mais forte;
4 - Na praia ou piscina, usar barracas ou guarda-sol feitos de algodão ou lona, já que esses materiais absorvem 50% da radiação ultravioleta;
5 - O filtro solar não é somente para praia/piscina, seu uso deve ser diário e com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo;
6 - Ficar de olho para ver se surgem pintas ou manchas suspeitas;
7 - Bebês e crianças requerem um cuidado redobrado e os protetores podem ser usados somente a partir do sexto mês;
8 - Consulte um dermatologista pelo menos uma vez ao ano para um check-up.

Dicas para escolher um protetor solar
Primeiro, é essencial verificar o FPS, se protege contra raios UVA e se é resistente ou não à água. De acordo com a legislação brasileira para esse tipo de produto, é necessário ter indicado no rótulo do produto a comprovação dos testes que sobre sua eficácia. 

Além disso, a fisiologia do protetor - gel, creme, loção, spray ou bastão - deve ser levada em conta para ser ideal ao tipo de pele, pois ajuda no tratamento da acne e oleosidade. Para quem sofre com acne, a melhor opção são aqueles livres de óleo ou gel creme. Já, aqueles que fazem muita atividade física deve passar longe dos géis, que saem com facilidade.

O fotoprotetor deve ser aplicado em casa e reaplicado ao longo do dia a cada duas horas, principalmente se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada. Além disso, é importante usar uma quantidade relevante do produto, equivalente uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, de maneira uniforme e de forma que nenhuma área fique desprotegida.

Lembre de se cuidar durante o verão e aproveite para utilizar esse conhecimento e ajudar amigos e familiares a prevenirem-se também!

Crédito da imagem: wavebreakmedia - Freepik.com