Acredita-se que o ano de 2023 pode ficar marcado como o ano do fim da pandemia do Covid-19, segundo projeção recente de um dos diretores da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas isso não significa que o vírus deixará de existir. Pelo contrário: tanto o Sars-Cov-2 como outros que nos "assombraram" nos últimos dois anos vão continuar em circulação. O grande desafio é controlá-los.
Vacinação, vigilância e conscientização são algumas formas de evitar surtos, hospitalizações e mortes por doenças provocadas por agentes infecciosos.
Entre as medidas estão:
A prioridade máxima deve ser aumentar as coberturas vacinais, em queda há pelo menos cinco anos no Brasil: assim se evita o avanço ou o retorno de doenças, como a poliomielite;
A tendência é que surjam novas variantes, cada vez mais transmissíveis, mas não necessariamente mais graves. Imunossuprimidos e idosos devem receber doses de reforço de forma mais seguida, agora com as vacinas bivalentes;
O Brasil deve se preparar para uma nova onda de Covid após as festas de fim de ano.
O quarto ano de convivência com o coronavírus vai chegar com a certeza de que ele não irá sumir. Mas nem tudo está perdido: em 2023, o Covid-19 pode deixar de ser uma emergência de saúde pública internacional, título dado em janeiro de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A possibilidade e os critérios (para declarar o fim da pandemia) serão discutidos pelo órgão em janeiro de 2023, segundo confirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon.
"O Sars-Cov-2 não vai desaparecer a curto e médio prazo, não vai ser eliminado, não vai ser erradicado. Nós vamos conviver com ele pelo menos de dois a cinco anos", diz o infectologista, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Dr. Alexandre Naime Barbosa.
"O ciclo que estamos vendo é que, a cada seis meses, surge um vírus muito mais transmissível que o anterior. Mas isso não significa que seja mais grave. Agora mudamos o hospedeiro. O hospedeiro, antes, não tinha resposta pronta para o vírus. Agora nós temos indivíduos vacinados que já tem anticorpos neutralizantes. Então a doença tem menos impacto", coloca o infectologista.
O médico, professor e chefe do serviço de infectologia do Hospital Moinhos de Vento (RS), Dr. Alexandre Zavascki, afirma que, a cada variante nova, o vírus consegue ser mais transmissível e escapar da proteção que a vacina dá contra a infecção.
“Teremos novas ondas em 2023", coloca Zavascki. “Quanto ao agravamento da doença, a vacina não perdeu efetividade. Mas, a cada variante, a gente perde bastante em termos de proteção contra a infecção”, diz.
Por conta dessas adaptações naturais do vírus, alguns grupos precisam ser vacinados com mais frequência para, de tempos em tempos, ganharem um reforço nos anticorpos.
Em 2023, a tendência é que imunossuprimidos e idosos recebam reforços com as vacinas bivalentes – no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dois imunizantes da Pfizer que protegem contra a ômicron e suas sub variantes.
Outro desafio para controlar o Covid em 2023 é resgatar quem está com a dose de reforço atrasada ou ainda nem se vacinou e reforçar a imunização de bebês e crianças, que ainda caminha a passos lentos, segundo o médico infectologista, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Dr. Júlio Croda.
"Nos últimos seis meses, a gente parou de vacinar no Brasil. O esquema vacinal que garante a proteção contra hospitalização e óbito é de três doses. E a gente tem 30, 40% da população que ainda não tomou as três doses de vacina. Há também uma baixa cobertura de quarta dose, menos de 40% da população acima de 40 anos, que é a que mais me preocupa", afirma o médico.
Fonte: g1.globo.com
Crédito da imagem: iStock.com/william87
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