Apneia do sono e o impacto no trabalho

Apneia do sono e o impacto no trabalho

Cerca de 50% dos brasileiros tiveram o sono afetado desde o início da pandemia. Nos Estados Unidos, os problemas recorrentes de noites mal dormidas, causam uma perda anual de mais de R$ 100 bilhões. As pessoas com insônia crônica são menos produtivas e têm um desempenho pior que as que dormem bem. Estima-se que os prejuízos em torno dessa baixa produtividade sejam de cerca de R$ 4 mil por funcionário, segundo estudo norte-americano publicado na revista científica Sleep.

Não apenas a privação, mas a baixa qualidade do sono pode afetar as funções cognitivas do indivíduo. Diversos distúrbios podem ser a causa de noites mal dormidas. A apneia está entre eles. Em um estudo amostral em indivíduos com acesso a rede de saúde, mais de 80% dos afetados pela apneia do sono nunca haviam sido diagnosticados. A estimativa atual é de que 936 milhões de pessoas sejam acometidas pela apneia do sono em todo o mundo. Ela produz uma redução na efetividade do sono, gera sonolência diurna e pode ter um impacto similar sobre a produtividade.

Entre os fatores de risco para apneia obstrutiva do sono podemos listar sobrepeso e obesidade, circunferência cervical aumentada, sexo masculino, meia-idade, diagnóstico de hipertensão arterial, uso de álcool ou medicações sedativas, anormalidades na via aérea, ronco e histórico familiar prévio, embora muitos pacientes recém-diagnosticados sejam mulheres. 

O uso de terapia com pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP) durante o sono é o tratamento padrão para essa condição. “A utilização é feita adaptando-se uma máscara ao rosto, por onde é administrado um fluxo de ar que vai permitir a respiração normal. O bom resultado dependerá do comprometimento do paciente com o tratamento”, diz a líder em inovações clínicas da ResMed LATAM, Fernanda Murakami.

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